Sacrifício da Árvore
Não havia, Senhor! no olhar sereno, A angustia que somente a dor traduz, Naquele dia, ó doce Nazareno, Em que os maus Te pregaram numa Cruz. Antes, o Teu sorriso, sempre ameno, De beleza que à vida nos conduz, Não mostrava um só travo de veneno, Rutilando na glória em plena luz! E o madeiro, dos tempos esquecido, Viu-se na Tua morte convertido Na prisão do corpo de um só Deus. E hoje, olhando a Cruz, a humanidade Vê na árvore a santa majestade, que os braços ergue em prece para os céus. (Créditos: Gumercindo Fleury)