O pecador a Jesus
O de mística do P. J. Verdaguér – Mimo deliciosamente espiritual, exemplar singularíssimo de lirismo religioso) (Acto de contrição da alma arrependida) Cada manhã que vem, eu vos adoro; Mas ao cair o sol, já vos deixei: Quem chorará, Jesus, quando eu não choro, Tão infeliz que nunca vos amei! Eu, que amor derramava com fartura, Tão pouco (ai!) para vós soube guardar: As pálpebras fechava, ó Formusura, Para assim vos não ver e não amar. Destes-me um coração; de terra enchi-o, E d’arma em punho vos mandei sair: Puséreis-lhe asas de aguia; foi seu brio Voar longe de Vós, de Vós fugir. Regato que a brincar vai nos caminhos, Nunca sonhei vê-lo parar por fim; Do mundo nos sarçais buscando espinhos, Deixei-vos, Flôr do divinal jardim. E hoje que me acolheis, e em vossos braços, Porque não fuja, me prendeis por bem, d’estes beijos m’esquivo e d’estes laços; Minha alma ainda no mundo o ninho tem. E ao escutar seus