AS DORES DE MARIA
Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra — (Lc 1,38). Estas palavras revelam a plena entrega de Maria à vontade de Deus para o gozo ou para a dor, ou seja, para a glória ou para a ignomínia. A sua resolução está decidida: servir a Jesus, ou dando-O à luz no presépio de Belém, ou assistindo à sua morte no monte Calvário. Maria, aceitando a dignidade de Mãe de Deus, associou-se a Jesus na grande obra da Redenção e ofereceu-se para a carregar com todas as consequências que tal dignidade lhe impunha. Como mãe, partilhou a sorte do Filho, que foi também o sofrimento. Teve, por isso, a sua Paixão e o seu Calvário, e uniu as dores de Jesus às próprias dores. A segunda fonte das dores de Maria foi o ter sido testemunha ocular da Paixão de seu Filho, sem poder prestar-Lhe o menor serviço que o aliviasse das suas penas. As revelações de alguns Santos dizem que, se Maria não assistiu corporalmente às várias cenas da Paixão do Salvador, como a da flage