CANTAR DA ALMA QUE GOZA POR CONHECER A DEUS




Que sei bem eu a fonte que mana e corre
mesmo de noite.
Aquela eterna fonte está escondida,
mas eu bem sei onde tem sua guarida,
mesmo de noite.
Sua origem não a sei, pois não a tem,
mas sei que toda a origem dela vem,
mesmo de noite.
Sei que não pode haver coisa tão bela,
e que os céus e a terra bebem dela,
mesmo de noite.
Eu sei que nela o fundo não se pode achar,
e que ninguém pode nela a vau passar,
mesmo de noite.
Sua claridade nunca é obscurecida,
e sei que toda luz dela é nascida,
mesmo de noite.
Sei que tão cautelosas são suas correntes,
que céus e infernos regam, e as gentes,
mesmo de noite.
A corrente que desta vem
é forte e poderosa, eu o sei bem,
mesmo de noite.
A corrente que destas duas procede,
sei que nenhuma delas procede,
mesmo de noite.
Aquela eterna fonte está escondida,
neste pão vivo para dar-nos vida,
mesmo de noite.
De lá está chamando as criaturas,
que nela se saciam às escuras,
porque é de noite.
Aquela viva fonte que desejo,
neste pão de vida já a vejo,
mesmo de noite.

POESIA DE SÃO JOÃO DA CRUZ

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Flagelos do mundo


Na oração, penitência é a melhor homenagem diante do flagelo do mundo, para aplacar a ira do Senhor. Os inocentes lavam a terra com o seu sangue como outrora Jesus lavou por nós. Deus permite estas coisas para mostrar quanta dor e falta de oração causa sofrimento ao homem; no abandono a Deus.
Alda Pereira

● Mantenho esta vela acesa, pelas almas do purgatorio.