Obra do Amor Divino
Pe. Alberto Gonçalves Gomes (1888-1974), sacerdote, fundador da Obra do Amor Divino.
Filho
de Domingos António Gomes e de sua mulher, Joaquina Rosa Alves, Alberto
Gonçalves Gomes nasceu na freguesia de Travassos no dia 17 de Agosto de 1888.
Era o primeiro dos oito filhos deste casal: quatro meninas e outros tantos
rapazes. Pequenos industriais de ourivesaria, os pais de Alberto deram-lhe uma
educação cristã. De débil constituição, o pequeno era dado a graves problemas
de saúde. Um dia, durante uma dessas crises de saúde, sua mãe levou-o a um
farmecêutico de Porto d’Ave que lhe torceu o nariz. Diz-se que foi nessa
ocasião que a mãe do pequeno o prometeu a Deus.
Em
1902, Alberto frequentou o ensino liceal em Guimarães até ao final do 2º Grau,
altura em que manifestou vontade a seu pai de frequentar o seminário. Aos 16
anos de idade, entrou para o seminário de Santo António, em Braga, onde
completou os preparatórios, ingressando, em 1911, no seminário de S. Tiago,
onde completou o curso de Teologia. A sua ordenação como presbítero não teve
lugar em Braga, de onde, à época, o arcebispo D. Manuel Baptista de Cunha se
encontrava ausente dadas as contendas políticas características da I República,
pelo que a recebeu no Porto, do bispo da cidade D. António Barroso. A sua
primeira missa ocorreu em 29 de Julho de 1914, na sua paróquia natal.
Foi,
depois, convidado para capelão do santuário de Nossa Senhora de Porto d’Ave e para
celebrar missa todos os domingos em Brunhais. Naquela altura, apesar do
anticliricalismo que se vivia no nosso país, os sacerdotes eram muitos, e nem
todos tinham dinheiro à sua paróquia. Fez-se, em 1916, auxiliar dos
missionários Pe. Antunes Ferreira e Dr. Clemente Ramos, na igreja das Taipas, à
qual em finais de Janeiro de 1916, chegou o despacho arcebispal a nomeá-lo
pároco da sua freguesia natal: São Martinho de Travassos. Em 1929, o Prelado
anexou-se a paróquia de Oliveira. Mais tarde, deixando Oliveira, foi
responsabilizado pela cura de Brunhais, onde se manteve até 1947.
Pároco
de freguesias várias, sacerdote de uma humildade muito acima do comum, por
muitos considerado em vida «um santo», dada a forma como se entregava a ajudar
os outros, o Padre Alberto de Travassos ficará para a posteridade,
especialmente, enquanto fundador da "Obra do Amor Divino", cujas
raízes lançou por 1921, e que se mantém ainda hoje em actividade plena, pujante
na caminhada de oração e recolhimento para que foi fundada. A actual sede foi
construída a partir de 1948.
Outro
«acontecimento providencial» na vida do Padre Alberto Gomes, foi o ter-se
tornado, quase acidentalmente, no confessor de Alexandrina de Balazar.
O
Padre Alberto faleceu em Travassos em Abril de 1974. No seu elogio fúnebre,
escrevia o semanário local Maria da Fonte (6.4.1974) que: «Nos larguíssimos
anos do seu apostolado, o Padre Alberto viveu sempre humilde e pobremente,
desprezando riquezas e ostentações, valendo-lhe a sua família nas horas e
momentos de mais necessidades».
Livro da obra do Amor Divino (versão antiga).
Entrada da Obra do Amor Divino.
(Obra do Silêncio Reparador, como gosto de meditar.)
Capelinha do Santissimo Sacramento(rés-do-chão).
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